sábado, 7 de fevereiro de 2015

Resenha do filme "LUCY"



LUCY
Título original: Lucy
ano: 2014
direção: Luc Bessom
com: Scarlett Johansson, Morgan Freeman.
             Pouco a dizer sobre o filme: dirigido por Luc Bessom, que fez outros filmes de ficção cientifica em que as principais personagens são mulheres, como "O QUINTO ELEMENTO" e "NIKITA", até ficar no gênero ação com foco em um personagem masculino com o bem-sucedido "BUSCA IMPLACÁVEL", com Liam Neeson. Agora o diretor está de volta à ficção científica com foco feminino neste complicado filme.
             A premissa da história é relativamente simples: uma droga capaz de aumentar a nossa capacidade cerebral até o limite. Parece ser bem interessante, e mesmo sabendo ser impossível (afinal de contas, é ficção!), ficamos na expectativa para ver qual seria o resultado final. O filme faz referências aos primórdios da humanidade ligado ao elemento da evolução. Lucy foi o nome da primeira mulher, provavelmente uma Neanderthal, e o comportamento dos humanos no começo do filme é comparado ao comportamento dos animais, principalmente com relação ao extinto de sobrevivência e à caça.
            Lucy era só uma garota indefesa que estava no lugar errado e na hora errada quando vai fazer uma entrega para um grupo de chineses que utilizam o corpo dela para transportar um tipo diferente de droga. Até aí tudo bem, pois a droga estava em uma parte externa do estômago, o problema foi que logo após ela ser espancado por outro grupo de chineses, e com o golpe no estômago, a droga entrou em seu organismo, transformando-a por completo.
           O professor interpretado por Morgan Freeman menciona que o ser humano utiliza atualmente cerca de dez por cento de sua capacidade cerebral, e que alguns animais, como o golfinho, podem utilizar até 20 por cento do seu cérebro. Atualmente sabemos que o ser humano utiliza bem mais do que apenas dez por cento, não chega aos 100, mas chega perto disso. Outra observação: nosso cérebro, mesmo se utilizando sua capacidade máxima, não é capaz de manipular fatores externos, como o ambiente ao redor, o que nos dá a ilusão de que podemos é o fato de que pode mudar nossa percepção do que vemos ou sentimos, como acreditar que podemos voar, por exemplo. Mas uma coisa que poderia fazer sentido era justamente uma teoria que ele mencionou sobre a lei da adaptação: nossas células tendem a evoluir sempre. Caso o ambiente seja hostil, ela não se reproduz da maneira correta, provocando grandes estragos e destruição. Caso o ambiente seja favorável, as células se reproduzem de forma a perpetuar a evoluir e perpetuar a espécie.
          Outra coisa que eu observei é que, conforme o cérebro vai se aprimorando, perdemos as principais características que nos tornam humanos. Ao mesmo tempo em que sentimos tudo ao nosso redor, perdemos as emoções. A personagem tem seus sentidos ampliados a ponto de sentir até mesmo como era o gosto do leite de sua mãe sugado dos seios, memória que uma pessoa comum nunca teria por se tratar de uma lembrança de uma recém-nascida. Em compensação, ela não conseguia ter a menor sensibilidade com outros seres humanos. Ela tornou-se uma máquina em todos os sentidos da palavra. O ápice do filme foi um pouco decepcionante justamente por causa disso. O cérebro é uma espécie de máquina, e se um ser humano conseguisse atingir sua capacidade máxima, seria totalmente máquina, por isso que há outros órgãos em nosso corpo, outras células e neurônios que nos tornam humanos.
             Enfim, quando vemos a personagem lutar bastante o filme todo, você pensa que o ápice seria algo como ela ganhar superpoderes ou aprimorar mais ainda suas habilidades, ela se transforma em um supercomputador e seu cérebro em pen drive. eu esperava mais, até porque o filme começou muito bem.

                                   Até a próxima!

Um comentário:

  1. Dos melhores filmes de ação que eu já vi. Uma excelente produção que quando lançou tempo primeza no cinema deu muito o que falar. Agora que é uma estreia na HBO disponível, não deixará de vê-lo uma segunda vez. Recomendo muito.

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